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sábado, 24 de julho de 2010

Fatos reais e casuais

Era uma quarta-feira e o dia estava lindo, o sol brilhava cintilante na imensidão do azul do céu. Aproximadamente quatro horas da tarde e o garoto chegava ao Café, era magro de cabelos lisos, usava óculos e uma camisa listrada; chegou ao balcão e pediu um café para a senhora que estava atendendo no balcão, sentou-se meio atrapalhado com a cadeira que não estava bem montada, apertou os dedos na cadeira tentando arrumar. “Ei, cuidado” Gritou à senhora que trazia o café ao ver o garoto com problemas com a cadeira, “Meu Deus, você poderia ter se machucado, imagina se uma pessoa mais velha senta e cai, essas cadeiras são ruins mesmo” disse a senhora ajeitando a cadeira.

Lentamente o garoto tomava seu café duplo, enquanto passava o jogo na televisão, era um lugar aconchegante e ficaria melhor ainda se desligassem a televisão. Passava-se dez minutos e Ela ainda não tinha chegado o garoto já tinha tomado o café, resolveu esperar do lado de fora sentado na mesa da frente da cafeteria. Esperou mais uns dez minutos e nada da garota chegar, pensou então que ela não viria que aconteceu algo, um imprevisto e que não chegaria ao local marcado, levantou-se e foi embora, lentamente caminhava pelas ruas, caminhou por toda a “beira” e então pegou o ônibus e foi para casa.

Ao chegar em casa percebeu que tinha esquecido o celular, nele havia várias chamadas não atendidas e duas mensagens da garota desculpando-se pelo atraso, “Droga” pensou o garoto, “Devia ter levado o celular”.

Mas um dia passou e eles então decidiram encontrar-se no píer da cidade à uma hora da tarde, o garoto iria matar aula para ver a garota que já o esperava lendo um livro sobre o banco. Finalmente os dois se encontraram, já haviam conversado antes, mas nunca pessoalmente, a garota era um pouco mais baixa, tinha os cabelos ruivos, um piercing e lindos olhos, pele clara e um simpático sorriso.

A conversa foi bastante legal, falaram um pouco das suas vidas um para o outro e o que tinham em comum, o garoto já não estava tão tímido e entregou uma carta que fizera para a garota, mas vários pensamentos o incomodavam, pensou que depois daquela conversa eles não iriam mais se ver ou se falar, pois já havia passado por algo semelhante, no qual sem motivos nenhum parou de ter contato com uma pessoa. Conversa vai conversa vem, “O tempo passou rápido demais” pensou o garoto, já estava na hora de ele ir, pois tinha que ir para o curso.

A garota o acompanhou até a parada onde os dois foram surpreendidos por um bêbado que começou a falar com eles, “Vocês tem o dom da musica, eu sou musico, eu gosto muito de vocês, você é muito bacana” Repetia o bêbado quase caindo por cima deles, já estavam desconfortáveis com a presença do bêbado que os cumprimentava toda hora. O ônibus finalmente chegou o garoto levantou-se rapidamente para se despedir da garota, mas ela disse que iria pegar o mesmo ônibus, não era o ônibus que ela tinha que pegar, mas ela não ia ficar ali na parada com o bêbado filosofo.

No ônibus os dois riram do acontecido, o bêbado tinha chamado a garota de fada e Branca de Neve foi algo realmente inesperado, mas afinal a tarde toda era inesperada. A garota desceu na próxima parada e o garoto seguiu pensativo até o curso.

2 comentários:

Caroline disse...

Não consegui conter o riso quando li ''Tu tem o dom da música. Tu é bacana.''

A garota também voltou pensativa pra casa.

Silvana Persan disse...

Se "a hora do encontro é tbm despedida", ela deve ter o encontrado de verdade qndo se despediu, desceu do ônibus e leu a carta. O mau (ou o bom) dos tímidos.

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