Na quietude dos meus pensamentos, sereno, pleno, tentando entender o que se passa dentro de nós. São simples as lembranças que guardamos, mas totalmente significativas para nós, se não for isso o que será? Ainda não fui até o outro lado de lá.
Nas esquinas que passei, na cidade suja que andei, sou mais eu do que você. Os muros da cidade me lembram o nosso obstáculo, toda cidade tem seu muro, vergonhoso e pichado, e o nosso está cada vez mais alto, intransponível, o muro que separa o físico do abstrato, o ser do conhecer e o espírito da alma.
Um ciclo dentro de outro circulo, percorremos e acabamos no mesmo lugar, volta e meia estamos silenciosos, noites que passam, noites de inverno e verão. Nunca entendi bem se o fim é o recomeço ou se é o “meio” que faz toda a diferença.
Desisti, insisti, isso é bom, isso é ruim, mas faz parte de mim, uma variável invariável qualquer, muros são feitos para separar o ser humano um do outro, nossos vizinhos poderiam ser da mesma família se não fossem os muros seriamos uma grande e bela família coletiva. Mas muros são feitos também para manter presas pessoas que não queremos nas nossas vidas, muros da cadeia. Esqueça essa ultima alternativa, esse muro entre nós não faz sentido, o alicerce não foi bem construído, podemos derrubar-lo e voltarmos a nos ver.
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