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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Delirium

O rapaz estava no seu quarto sentado em cima da cama, nas mãos, um violino e o arco. De frente ao espelho ele vê a imagem refletida da moça que estava a apenas três passos dele. Ele sentiu a euforia do momento, seria ela a lembrança mais doce que ele já teve. Ele podia abraçá-la em pensamentos com um único olhar.
A moça de altura baixa era flexível sem ser frágil. Sua beleza inconfundível e jovem era comparada com o desabrochamento de lírios, sua pele branquinha era de tamanha maciez, ela transparecia a suavidade em pessoa.
Ele sem tirar os olhos da imagem refletida no espelho toca os primeiros acordes do violino, tocando assim uma valsa lenta, a moça então começa a dançar uns passos pra lá, outros passos pra cá. Ela não estava dançando, estava flutuando em cima das nuvens brancas, era um verdadeiro anjo. O rapaz fecha os olhos e começa a imaginar que estava tocando o próprio corpo da moça, seu violino era agora o braço da linda jovem onde ele acariciava com tanto prazer e cuidado.
A música acaba o rapaz abre os olhos e na sua insanidade sonhadora, vê que a imagem da moça não estava mais no espelho e nem em lugar nenhum, a moça tinha desaparecido. Ele estava sonhando, seu sonho mais profundo e intenso com a maior vivacidade, não era um sonho, não para o rapaz. Era só a realidade do seu mundo.

2 comentários:

Pontes disse...

Texto simples, mas interessante. Abordou bem a inspiração que um artista tem e a evidenciou de forma clara.

Unknown disse...

Adorei mesmo!
Tem aquela sensaçao de incerteza, de sonhos, de inspiração...
Alma de artista!
;D

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