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domingo, 18 de julho de 2010

Sentado no banco da praça um jovem observava atentamente a paisagem ao seu redor. Viu grandes pássaros voando pelo céu até pousarem sobre as arvores, folhas caiam da velha arvore do meio, folhas secas, sem cor e sem vida. Do outro lado no parquinho havia muita vida, crianças brincavam em balanços já enferrujados e desciam escorregando pelos escorregadores azuis, todas as crianças reluziam sorrisos inocentes e puros. Já ao lado do parquinho sentada em um banco largo uma senhora jogava sementes aos pássaros da praça, pobre senhora, aparentemente solidaria e triste, esperava paciente o doce descanso eterno da vida, pois ela merecia já estava velha e fatigada. Atrás da senhora estava sentada uma mulher grávida de aproximadamente vinte e oito anos, uma pessoa jovem prestes a gerar um ser mais novo ainda, que teria que amamentar cuidar e educar com amor e carinho, alguns minutos depois chegou um homem aparentemente jovem também, sentou-se do lado da mulher grávida e a beijou, provavelmente era seu marido a parte paterna que faltava naquela linda cena da vida. Em meio a todas essas figuras da praça o mais peculiar era o palhaço que vendia balões ao lado de um chafariz, usava botas maiores que seus pés e tinha o rosto pintado de uma forma melancólica, como se estivesse chorando e não vendera um balão sequer.

O jovem acompanhava todos desde a hora que chegou à praça, estava sentado sozinho num banco onde tinha uma visão ampla da praça, o jovem então teve um momento súbito, percebeu que estava acompanhando a ordem da natureza e da vida. Todas as figuras que observou na praça faziam parte da ordem natural das coisas. A jovem mulher grávida, as crianças do parquinho, a velha que estava jogando sementes aos pássaros, todos faziam parte de uma cadeia geral da vida, o nascimento, a vivencia e a morte. A única figura que não se encaixava nos pensamentos do jovem era o palhaço que vendia balões - Que cargas d’água têm haver um palhaço no ciclo da vida? - Então ele se deu por conta que o palhaço era a própria figura da vida, que ligava todas as outras três figuras da praça, o palhaço pintado com o rosto triste era exatamente como a vida que, às vezes, nos proporciona momentos de felicidades e outros de tristeza, e os balões que o palhaço vendia eram nossas oportunidades e esperanças que a vida nos oferece.

Passado algum tempo o jovem se levanta do banco e caminha até o palhaço que vendia balões, o palhaço sorri para ele com o rosto pintado como gotas de lagrimas, exatamente como a vida quando nos prega peças, o jovem então compra um balão vermelho e sai caminhando tranquilamente pela calçada, pois agora ele sabia que tinha uma grande oportunidade em sua vida.

7 comentários:

Unknown disse...

gostei
parece ate capitulo d livro
xD

Unknown disse...

E bem detalhista na visão da personagem em questão! A conclusão meio "joguete do destino"/ironias da vida achei genial!
Realmente soa como um capítulo de livro..
Parabéns!
;D

Thomas Cobain disse...

Wou!
Tú sempre me supreende...
Nem tenho mais o que falar...
10!

Kathia . " A moda sai de moda, o estilo jamais." disse...

Nota 10 mesmo,escreve super bem!
Meus parabéns,sucesso.

Artur disse...

muito bom escrito *-*

Caroline disse...

Falei que tinha ficado muito bom! :D

Anônimo disse...

muito bom, grande sacada, muito bem escrito, conclusão perfeita...

p.s.: este têm q estar no livro :)
sucesso sempre ;)

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